Homofóbicos?

Não gosto muito de citar estas minorias, não tenho nada contra nenhuma ordem, clã, facção, etnia, credo, raça, ET, ou qualquer espécie de diferença. O assunto porém é necessário, e sério, uma vez que se criou uma espécie de Tabu do Tabu, ou seja, se por um lado, temos uma pseudo-liberdade de expressão, creditada, com muito erro, às pessoas que foram às ruas nos anos oitenta, e presas nas décadas anteriores, de outro ângulo criou-se um pré-cisma em relação aos quesitos minoria e ofensa. As tais minorias podem ofender a quem quer que seja, sem resposta ou atitude contrária, pois estarão amparadas por uma jurisprudência popular pautada, simplesmente, numa imagem condicionada superficialmente, de que o fato de ser minoria, automaticamente a torna injustiçada e excluída, o que é uma grande falta de conhecimento e caráter assumir como verdade plena. Nos últimos dias fomos contemplados pelas pérolas oratórias de Roberto Requião, votado por 50% dos paranaenses, que hoje dão risadas hipócritas de suas estripulias. Requião fala o que lhe vêm à idéia, é claro que seu problema é não ter um dispositivo de controle entre o pensamento e a fala, algo que ocorre a muitos seres humanos, nem todos tão públicos assim.

A reação da mídia em geral foi imediata, fotos e flashes, alarde, barulho social, mobilização de entidades, rádios, jornais, internet, uma verdadeira epopéia de protestos a favor de uma minoria, no caso, dos homossexuais, ou GL não sei o quê, e outros agregados. Tudo em nome da tal Constituição, que diz que somos todos iguais perante a Lei, e blá blá blá. Confesso que nem dei muita importância ao caso, até me deparar com um segundo fato, solicito que leiam com atenção especial:
Pego um tablóide, o Repórter Rebouças, após um pastel de carne com queijo no mesmo bairro, e nele eu leio a notícia em caráter "exclusivo", dos moradores que protestaram, no último dia 09 de outubro, contra a presença de travestis na rua Lamenha Lins. Eles queimaram pneus, uma cena que não combina com o nível do local, ficou difícil, no estereótipo formado na minha percepção, imaginar os moradores de um bairro nobre queimando pneus. As denúncias eram graves, segundo uma moradora que se manifesta na matéria, eles não aguentavam mais pessoas nuas nas ruas e prática de atos sexuais em frente as suas casas. O comércio considera-se prejudicado, clientes não querem frequentar restaurantes na região, em função dos indivíduos, cuja minoria defende-se com ardor, que sempre bradam seus direitos, esquecendo-se de quem não compactua com seus ardores e ideais, que não são, em nenhuma hipótese, obrigados a aceitar suas práticas.
Observemos que estas pessoas não são "homofóbicas" ou qualquer outro tipo de apelido infame que os homossexuais venham a proferir, para quem simplesmente não concorda com suas paradas gays ou mesmo com profissionais do sexo, inclusive feminino, que prestam serviço ao ar livre. E além disso, conforme contam os moradores, e não é realmente difícil de constatar, deixam no local seus dejetos, como camisinhas, seringas e toda sorte de lixo.
Procurei mais algo no Google sobre o assunto, e o que vi? Nada. A RPC postou quatro linhas cheias de pudor, somente para dizer que publicou algo. Paraná On Line, deu mais atenção, sem fotos. Sabem por quê?
Calma, aposto que já imaginaram que os editores dos grandes meios de comunicação são gays, ou aliados, ou qualquer coisa do gênero, por favor não se precipitem, mas se eles forem, também não há problema.
Estes moradores simplesmente fizeram um protesto sem avisar a ninguém, ou seja, o protesto era mesmo idealista! Não tinha a grande intenção de aparecer, como o fazem professores do Estado, MST, estudantes sem noção e outras classes. Era um protesto de real valor. E de fato o teve, segundo o Paraná Online enquanto o protesto acontecia, comerciantes afirmaram ter recebido telefones com ameaças, por parte dos travestis. Então leitores, homossexuais ou advogados, ou ambos, qual o direito que reclama esta minoria? Continuará pertecendo à essa minoria, o direito de usufruir os favores da lei, sem pagar impostos como fazem as profissionais do sexo do Rebouças, sujando as calçadas pagas pelo IPTU dos moradores?
Bom este foi apenas um texto análogo à uma questão social que tem suas controvérsias. Requião, como sempre, errou ao relacionar homossexuais ao câncer, e por mais que se tente explicar que não, o que disse foi o que realmente ele pensa, ninguém muda isso, é fato, é direito dele. Homossexuais podem e devem manifestar-se e reinvindicar seus direitos ao Estado, desde que não atropelem os direitos adquiridos pelo cidadão comum, entre eles, a pseudo-liberdade de expressão. E quanto à imprensa, é realmente uma pena. Fatos só são fatos, quando espalhafatosos e cheios de caráter "social". Com este tratamento da imprensa, as "minorias injustiçadas" sempre terão vantagem, mesmo que injustamente.