Na internet, por um momento, parece que estamos cercados de todos os lados de militantes políticos, altamente esclarecidos e cultos, defendendo suas ideologias. No segundo seguinte, percebe-se uma horda de superficialidade, vaidade e exibicionismo inútil que faz das redes sociais um espaço que, para fins de utilidade pública, só e utilizado mesmo para amplificar os números e os bolsos dos gigantes digitais.
Cidadãos de bem, ou não, cuja experiência leitora não passa de meia dúzia de posts mal feitos, tornam-se os paladinos das ideologias, sustentam as utopias, cerram os punhos e viralizam a revolução e os movimentos sociais.
Num país em que 80% dos seus leitores não compreendem o que lêem, é justo admitir que aqueles que se arriscam formar opinião, mal sabem do que estão falando?
E para piorar, sabemos que na virtualidade das ideologias revolucionárias, a minoria que sabe ler jamais será defendida.