Este foi o título de um texto que li, há muitos anos, numa revista Placar, escrito por Washington Olivetto. Na ocasião, advento da despedida do Galinho, o publicitário mais publicitário do Brasil fez um primoroso texto (para ver como é um texto marcante, eu lembro até hoje) onde acusava Zico de todo tipo de sacanagem, como aproveitar-se do avantajado aspecto do seu joelho para atacar covardemente os frágeis pés dos zagueiros adversários. No final da série de acusações, ele termina o texto explicitando que Zico era um fenômeno fabricado pela mídia e pelos laboratórios do Flamengo. E pergunta: "Não dá para fabricar mais uns dez jogadores como esse?".
De lá pra cá, as fábricas de jogadores só cresceram, se modernizaram, e se aliaram muito mais à mídia. E com absoluta certeza, ainda não fabricamos dez craques que se possam comparar com Zico, seja no futebol, jogado dentro das quatro linhas, ou fora delas, como pessoa pública e cidadão do esporte.
A CBF, Gilmar Rinaldi e Dunga podem se juntar que jamais oferecerão o conteúdo de um Zico para o Brasil. E é por isso que 7 a 1 foi pouco, e tomara que venham outros.
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