Crescem atualmente na sociedade, que precisa de paz, e de muita paz, movimentos que tendem a promover a amizade e a não violência em todos os aspectos. São ONGs, artigos, passeatas, manifestos silenciosos, pregações religiosas e toda a sorte de ações que visam uma sociedade mais amena, mais tranquila e mantenedora da nossa integridade física e moral.
Porém, desde que o mundo é mundo, e de que os humanos são humanos, seja qual for a teoria a ser defendida quanto à origem de ambos, os confrontos e conflitos existentes em todas as áreas da vida, inclusive da natureza com sua invejável cadeia alimentar, resultam no mais certo e constante desafio à nossa capacidade física e intelectual: a inimizade.
Sim, o inimigo é fruto da nossa convivência, e não precisa haver um conflito direto para haver um inimigo, ele simplesmente surge e faz com que nossas vidas sejam cada vez mais movimentadas e até mesmo divertidas. Não haveria graça alguma numa vida sem inimigos,afinal, com todo respeito, até Deus tem o Seu.
Existem vários tipos de inimizades, algumas até bem interessantes, como, por exemplo, o inimigo político. Este é um inimigo variável, ele pode ser seu ferrenho adversário numa eleição e, na outra, te apoiar como se tivessem crescido juntos jogando futebol. É incrível como são manipuláveis as guerras políticas, e, inspirados em histórias em quadrinhos como as da Marvel, estes inimigos são, na verdade, amigos.
Um outro tipo interessante é o inimigo corporativo. Esse sim, perigoso ao extremo. Age nos corredores da organização como uma raposa, esperando o tropeço do adversário para mantê-lo afastado dos favores de uma promoção ou destaque na empresa. É aquele supervisor ou gerente que está segurando com suas unhas um emprego conseguido por indicação. É consciente, também, de que seu verdadeiro lugar seja, talvez, em uma vaga de bem menor expressão, de acordo com sua capacidade. Perder, portanto, uma única batalha pode ser fatal. Esse inimigo está proliferado no mercado, e é o verdadeiro desmotivador das equipes em muitas empresas.
Existe também, o inimigo cristão. Esse é bem interessante. Usa passagens bíblicas e orações para manter o auto-controle, é praticante do cristianismo. Usa uma capa de paz com um caimento perfeito. Porém, às vezes, tende a variar entre uma inimizade evangélica (Jesus disse para amarmos nossos inimigos) e a do Velho Testamento (olho por olho, dente por dente). Bem humano, apesar de tudo.
Também temos a graça de poder escolher nossos inimigos. Os afetivos, por exemplo, nos possibilitam saber o quanto eles serão nossos inimigos, em qual nível de rivalidade se enquadrarão, dependendo do dia, da hora e da situação. Neste caso, homens e mulheres agem de forma distinta. Observemos:na maioria dos casos, quando a mulher decide ser inimiga de outra (e quase sempre isso acontece logo nos primeiros três segundos de convivência) sorri, conversa e faz a situação parecer uma verdadeira festa. Os vestidos lindos, cabelos e maquiagens são o motivo da conversa entre as inimigas e tudo o que uma disser à outra será, com certeza, utilizado contra ela no mesmo dia, só que com outra pessoa. São muito semelhantes aos políticos, porém, com o acréscimo de elegância que só elas têm. A nós, homens, que assistimos a tudo isso, fica a lição de um espetáculo de rara beleza, que só a inimizade feminina pode proporcionar.
Já os homens costumam protagonizar cenas deprimentes. Pobre ser, não consegue conter os instintos herdados e partem, sempre que podem, para o âmbito físico da questão. Os socos e pontapés estão presentes, mesas quebradas, olhos inchados e palavras de baixo calão. Somos escandalosos e barulhentos, porém, aquele teatro trabalhoso das falsas gentilezas também não existe.
Claro, o que estou afirmando não é genérico. Muitas pessoas cultivam suas inimizades quase com o mesmo carinho e ternura que as amizades, afinal, um bom inimigo vivo é uma honra, desde que ele seja leal. Inimigos afetivos raramente conseguem ser assim, são muito levados pelo desespero e emoção e acabam cometendo loucuras, como os crimes passionais, por exemplo. Tendem a um desequilíbrio que tira todo o charme do jogo.
Bom mesmo, é termos todos os nossos inimigos bem pertinho. Para que, em cada passo do nosso sucesso ( e não estou falando de dinheiro ) eles possam ser avisados, com todas as letras, de que não estamos preocupados em derrotá-los de imediato. E que possamos ter a honra e o prazer de chorar todas as derrotas que eles ainda sofrerão, uma por uma, para que nossas lágrimas tristes, lindas, humanas e vitoriosas, caiam quentes sobre suas lápides, lendo os cerimoniosos epitáfios de misericórdia.
Que Deus abençôe todas as manhãs os meus inimigos, e os de vocês, também.
Porém, desde que o mundo é mundo, e de que os humanos são humanos, seja qual for a teoria a ser defendida quanto à origem de ambos, os confrontos e conflitos existentes em todas as áreas da vida, inclusive da natureza com sua invejável cadeia alimentar, resultam no mais certo e constante desafio à nossa capacidade física e intelectual: a inimizade.
Sim, o inimigo é fruto da nossa convivência, e não precisa haver um conflito direto para haver um inimigo, ele simplesmente surge e faz com que nossas vidas sejam cada vez mais movimentadas e até mesmo divertidas. Não haveria graça alguma numa vida sem inimigos,afinal, com todo respeito, até Deus tem o Seu.
Existem vários tipos de inimizades, algumas até bem interessantes, como, por exemplo, o inimigo político. Este é um inimigo variável, ele pode ser seu ferrenho adversário numa eleição e, na outra, te apoiar como se tivessem crescido juntos jogando futebol. É incrível como são manipuláveis as guerras políticas, e, inspirados em histórias em quadrinhos como as da Marvel, estes inimigos são, na verdade, amigos.
Um outro tipo interessante é o inimigo corporativo. Esse sim, perigoso ao extremo. Age nos corredores da organização como uma raposa, esperando o tropeço do adversário para mantê-lo afastado dos favores de uma promoção ou destaque na empresa. É aquele supervisor ou gerente que está segurando com suas unhas um emprego conseguido por indicação. É consciente, também, de que seu verdadeiro lugar seja, talvez, em uma vaga de bem menor expressão, de acordo com sua capacidade. Perder, portanto, uma única batalha pode ser fatal. Esse inimigo está proliferado no mercado, e é o verdadeiro desmotivador das equipes em muitas empresas.
Existe também, o inimigo cristão. Esse é bem interessante. Usa passagens bíblicas e orações para manter o auto-controle, é praticante do cristianismo. Usa uma capa de paz com um caimento perfeito. Porém, às vezes, tende a variar entre uma inimizade evangélica (Jesus disse para amarmos nossos inimigos) e a do Velho Testamento (olho por olho, dente por dente). Bem humano, apesar de tudo.
Também temos a graça de poder escolher nossos inimigos. Os afetivos, por exemplo, nos possibilitam saber o quanto eles serão nossos inimigos, em qual nível de rivalidade se enquadrarão, dependendo do dia, da hora e da situação. Neste caso, homens e mulheres agem de forma distinta. Observemos:na maioria dos casos, quando a mulher decide ser inimiga de outra (e quase sempre isso acontece logo nos primeiros três segundos de convivência) sorri, conversa e faz a situação parecer uma verdadeira festa. Os vestidos lindos, cabelos e maquiagens são o motivo da conversa entre as inimigas e tudo o que uma disser à outra será, com certeza, utilizado contra ela no mesmo dia, só que com outra pessoa. São muito semelhantes aos políticos, porém, com o acréscimo de elegância que só elas têm. A nós, homens, que assistimos a tudo isso, fica a lição de um espetáculo de rara beleza, que só a inimizade feminina pode proporcionar.
Já os homens costumam protagonizar cenas deprimentes. Pobre ser, não consegue conter os instintos herdados e partem, sempre que podem, para o âmbito físico da questão. Os socos e pontapés estão presentes, mesas quebradas, olhos inchados e palavras de baixo calão. Somos escandalosos e barulhentos, porém, aquele teatro trabalhoso das falsas gentilezas também não existe.
Claro, o que estou afirmando não é genérico. Muitas pessoas cultivam suas inimizades quase com o mesmo carinho e ternura que as amizades, afinal, um bom inimigo vivo é uma honra, desde que ele seja leal. Inimigos afetivos raramente conseguem ser assim, são muito levados pelo desespero e emoção e acabam cometendo loucuras, como os crimes passionais, por exemplo. Tendem a um desequilíbrio que tira todo o charme do jogo.
Bom mesmo, é termos todos os nossos inimigos bem pertinho. Para que, em cada passo do nosso sucesso ( e não estou falando de dinheiro ) eles possam ser avisados, com todas as letras, de que não estamos preocupados em derrotá-los de imediato. E que possamos ter a honra e o prazer de chorar todas as derrotas que eles ainda sofrerão, uma por uma, para que nossas lágrimas tristes, lindas, humanas e vitoriosas, caiam quentes sobre suas lápides, lendo os cerimoniosos epitáfios de misericórdia.
Que Deus abençôe todas as manhãs os meus inimigos, e os de vocês, também.