O Parthenon, símbolo da Democracia, da antiga Acrópole, e do pensamento filosófico ocidental, hoje testemunha a falência financeira e política do seu território.
Foram 03 mortos nos protestos contra as medidas fiscais do governo da Grécia para tentar conter o lapso total e irreversível da sua economia. Neste refúgio de pensadores, o capitalismo está vendo suas benesses se converterem rapidamente em sangue, através da ação irresponsável de setores sociais que em nada colaboram em momentos de crise.
Durante os últimos anos o funcionalismo grego viveu momentos de êxtase, com salários praticamente dobrando, muito provavelmente em função da pressão sindical. Uma máquina estatal totalmente desregulada e, contradizendo a tradição de pensadores que o país tem, administrada por ineptos gerou mais despesas e deve suas receitas aniquiladas pelo calote que sofreu nos seus impostos, uma prática geralmente apoiada, também, pelos sindicatos. Eles tem um pensamento semelhante no mundo inteiros: impostos servem quando estamos no poder, se não estamos, sonegamos. A esquerda sindical mostra sua verdadeira utilidade agora na Grécia. Alguns anos atrás, também mostrou suas intenções administrativas na Argentina, com o histórico calote de Kirschner.
Mas para que o lapso não aconteça na Grécia, medidas sérias de contenção tiveram que ser tomadas, e sindicatos não gostam de sacrifícios. Mobilizam-se e lançam mão de suas bandeiras ideológicas, suas palavras de ordem, o povo nas ruas e colocam-se em confronto, jamais se importando com as consequências. Foi assim com ícones como Hugo Chavez, Fidel, Moralez e suas plantações de coca, Che Guevara, o argentino mais cubano do mundo e tantos outros cujas ações somente converteram-se em desastres políticos, sociais e culturais. Hoje, três vidas tombaram nos confrontos promovidos pelos sindicatos da Grécia. Sim, podem chamar de protesto, eu chamo de confronto, por que é isso que eles promovem.
A Grécia, berço de seres de inteligência invejável, filósofos que influenciam o pensamento ocidental até hoje, jamais mereceu tal destino: padecer diante das bandeiras vermelhas da ignorância.